FMNF/ENT/000008

Locomotiva a Vapor: CP 070

Locomotiva construída pelas Oficinas Gerais de Lisboa da CP em Lisboa-Santa Apolónia, de abril a dezembro de 1944, sob a direção do Engenheiro Pedro de Brion, Chefe da Divisão de Material e Tração da CP. Tiveram como base os desenhos técnicos e moldes das locomotivas da mesma série, construídas pela casa suíça Winterthur e pela firma alemã Henschel entre 1916 e 1929. Foi reaproveitada uma caldeira de reserva e as restantes peças foram fabricadas localmente, rentabilizando ao máximo todas as secções (tornos e máquinas, forjas, caldeiraria, montagem, fundição, etc.), totalizando 41585 horas de trabalho. A cerimónia oficial de inauguração foi em fevereiro de 1945. Fazia todo o tipo de serviços, comboios de passageiros e comboios de mercadorias, com cargas médias a boa velocidade. Oferecia versatilidade e rentabilidade em termos de exploração. Por ser locomotiva-tanque e a disposição dos rodados ser do tipo Adriatic, permitia a marcha em ambos os sentidos. Originalmente, toda a série estava afeta ao Depósito de Campolide, com o objetivo de efetuar tranvias (ligações suburbanas), entre Lisboa-Rossio e Azambuja ou Sintra. Na Linha de Cascais, substituíram as locomotivas elétricas no ano de 1926, quando o cabo submarino teve de ser reparado, junto à estação de Carcavelos. Também fizeram o serviço ónibus, na Linha do Norte, até ao Entroncamento e na linha do Oeste até Torres Vedras ou Caldas da Rainha. Assim como, o serviço de mercadorias na região de Lisboa e alguns serviços no sul, a partir do Setil. Depois da entrada ao serviço das locomotivas diesel das séries “1100” e “1300” e a partir de 1957, aquando da eletrificação da linha de Sintra e, gradualmente, da linha do Norte, as Adriatic passaram a ter um papel menos ativo e foram distribuídas pelos depósitos do Barreiro, Coimbra e Campanhã, mais tarde Contumil, onde asseguraram o serviço de tração de diversos tipos de comboios nas linhas afetas a esses depósitos. Em 1968, com a extinção a título definitivo da tração a vapor a sul do Tejo, as máquinas do Sul foram transferidas definitivamente para norte do Douro, onde se reuniram as locomotivas que restavam da série. Em 1977, o fim do vapor na via larga pôs um término na carreira destas máquinas.

Portugal; Lisboa

CP / Oficinas Gerais de Lisboa - Santa Apolónia

Foi fornecido à CP pela fábrica suíça Winterthur. Foram adquiridas 15 unidades.; Data de construção 071 a 075 em 1916.

1921; Foi fornecido à CP pela fábrica suíça Winterthur.; Data de construção da 076 a 085, em 1920.

1929; 12 unidades. Foi fabricado pela alemã Henschel e entrou ao serviço da Companhia em 1929.

01/04/1944

01/12/1944

02/06/1945; Com a presença dos Srs Ministro e Subsecretário de Estado e das Obras Públicas e Comunicações, dos componentes do Conselho de Administração da C.P., vários engenheiros e convidados, representantes dos sindicatos ferroviários de Lisboa, Barreiro e Entroncamento e Imprensa.; in "Gazeta dos Caminhos de Ferro", nº 1372, 16 Fevereiro de 1945, pp. 90-93. Mais elementos em "Boletim da CP", Nº 188, Fevereiro de 1945, pp. 24-27.

1945; A Companhia tinha um efectivo de 27 unidades.

1957; Passaram a ter um papel menos ativo e foram distribuídas pelos depósitos do Barreiro, Coimbra e mais tarde por Campanhã, fazendo serviço todo o tipo nas linhas afetas a esses depósitos.

1961; A chegada das locomotivas diesel Brissoneu et Lotz da série 1201 a 1225, colocadas nos depósitos do centro do país, veio permitir que as Adriatic de Coimbra passassem para o depósito de Campanhã.

1968; As máquinas do Sul foram transferidas definitivamente para norte do Douro, onde se reuniu toda a série.

1977; O fim do vapor na via larga pôs um término na carreira destas máquinas.

Ano de construção

Georreferenciada; Latitude: 39.46419482 \ Longitude: -8.47445011