FMNF/ENT/000652

Quadro de encravamentos - Fechadura Bouré

Equipamento de segurança da circulação ferroviária. Quadro instalado em estações de linhas exploradas em cantonamento telefónico. Tem por finalidade, assegurar o encravamento das chaves dos cadeados dos aparelhos de mudança de via (agulhas) e dos sinais mecânicos da estação, impedindo a sua manobra inoportuna. A manobra das agulhas e dos sinais é realizada manualmente, mediante a libertação das chaves do quadro, de acordo com o itinerário a ser percorrido pelo comboio. As fechaduras Bouré do tipo mais simples são constituídas por duas partes: a armadura, rebitada à alavanca ou ao próprio aparelho a encravar, placa sem maquinismo, é atravessada por uma chave que não se pode retirar, mas que pode girar e deslocar-se longitudalmente (chave fixa); a agrafe ligada a um ponto fixo vizinho por uma cadeia curta, é a verdadeira fechadura, nela pode introduzir-se ou retirar a chave fixa da armadura. Encravamentos do sistema de sinalização mecânica. Nos sistemas mecânicos de tipo Bouré, o estabelecimento e a anulação do itinerário que se pretende disponibilizar para a circulação de um comboio é realizado manualmente. Os sinais e agulhas são acionados mecanicamente pelo pessoal em serviço na estação, na fechadura central (normalmente na parede do gabinete do Chefe de estação), dispositivo mecânico comandado por diversas chaves. Depois de introduzidas e rodadas acionam as interações que se pretendem garantir e permitem extrair da fechadura central outras chaves que abrem os cadeados que antes imobilizavam as alavancas de comando dos sinais de itinerário em causa. Sistema simples e económico de construção, mas seguro, tem o inconveniente de tornar excessivamente lentas as manobras, e só se emprega hoje em estações de reduzida importância, de topologia de vias simples e inseridas em linhas de reduzido número de comboios.

Portugal; Estação Ferroviária do Tramagal

Georreferenciada; Latitude: 39.46419482/ Longitude: -8.47445011