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Nº inventário:
FMNF/ENT/000023(1)
Designação:
Locomotiva\Vapor [...]
Título:
Locomotiva a vapor: CP 832
Descrição:
A "Espanhola", construída em 1947 pelo fabricante La Maquinistra Terrestre e Maritima, terá sido uma das últimas locomotivas a vapor recebidas, numa ocasião em que a chegada das máquinas diesel estava próxima. Integrada numa encomenda de seis unidades pela Companhia dos Caminhos de Ferro do Estado a Espanha e destinadas a comboios pesados, de passageiros e mercadorias. Na origem foi-lhes atribuída a numeração CPss 1801 a CPss 1806 (foram distribuídas à rede do Sul e Sueste, numeração que se manteve até 1952), sendo renumeradas na gestão CP, de CP 831 a CP 836. Para apoiar a recuperação da economia espanhola fortemente abalada pela sua Guerra Civil a que se seguiu a 2ª Guerra Mundial, a encomenda foi repartida pelas fábricas: Maquinista Terrestre y Marítima - Barcelona (CP 831 e 832 - nº de construtor 618 e 619), Sociedad Española de Construcciones Babcock & Wilcox - Bilbao (CP 833 e 834 - nº de construtor 576 e 577) e Construcciones Devis S. A - Valência (CP 835 e 836 - nº de construtor 70 e 71). O que se refletiu no encarecimento das unidades e num atraso substancial na entrega. O contrato terá sido assinado a 12 de abril de 1944, no entanto, diversas circunstâncias levaram a sua entrada ao serviço no ano de 1947. O pessoal da Companhia efetuou a receção de materiais e a fiscalização da construção, sugerindo ainda a execução de modificações de forma a tornar as locomotivas mais adaptáveis à circulação na rede nacional. Foi estabelecido que estas máquinas, em serviço normal, não deveriam exceder os 80 km por hora, velocidade que foi considerada a mais conveniente atendendo à conservação das locomotivas e da via. Inicialmente destinadas ao serviço de rápidos na região sul, prestaram serviço, principalmente nos comboios de mercadorias, devido ao seu grande esforço de tração e fraca prestação para as grandes velocidades. Foram colocadas no Depósito de Lisboa-P (Santa Apolónia), assegurando comboios de mercadorias na linha do Norte (até Gaia) e na Linha do Oeste. Em 1948, com a entrada ao serviço das locomotivas diesel, passaram a permanecer no depósito, sem trabalho regular atribuído, pela sua modesta velocidade, assim como o seu elevado consumo e limitações de peso em algumas pontes e pontões. Sendo transferidas para o depósito do Barreiro, afetas a circulações de mercadorias nos comboios de minério entre Aljustrel, Lousal e Setúbal (Sapec) ou Barreiro, diários de mercadorias entre Barreiro-Terra e Vila Real de Santo António (via Ermida-Sado e entre Tunes e Lagos). A partir de 1963 os seus serviços ficaram limitados até à Funcheira. A chegada das locomotivas diesel a sul, depois de 1963, levou a redução dos serviços, com a saída de serviço em 1967. Nunca terão sido modificadas. Terão sido as únicas locomotivas a vapor de origem espanhola a circular em Portugal. Ficaram por isso conhecidas como as "Espanholas".
Origem:
Espanha; Barcelona

Produções:
La Maquinista Terrestre y Maritima

Medidas:

Comprimento: 12.945,00 Milímetro (mm) [Locomotiva]

Comprimento: 7.910,00 Milímetro (mm) [Tender]

Comprimento: 20.855,00 Milímetro (mm) [Total] Entre tampões de máquina e tender.

Diâmetro: 1.600,00 Milímetro (mm) [Rodas motrizes]

Diâmetro: 975,00 Milímetro (mm) [Rodas livres]

Localizações:
Interna\Conservação e Restauro; Museu Nacional Ferroviário/ Entroncamento/ Oficina de Conservação e Restauro

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in web Acesso online à Coleção. Sistemas do Futuro