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Nº inventário:
FMNF/ENT/000011(1)
Designação:
Locomotiva\Vapor [...]
Título:
Locomotiva a vapor CP 553
Descrição:
Série de locomotivas adquiridas em 1924 no âmbito das reparações da I Guerra Mundial, pelos Caminhos de Ferro Sul e Sueste. Consideradas à época as melhores locomotivas a vapor, o sistema compound de quatro cilindros possibilitava a tração de comboios de 400 toneladas a velocidades de 120km/h em patamar. O peso total de 130 toneladas, da locomotiva e tender, impedia a deslocação destas locomotivas em toda a rede do Sul e Sueste, limitando o seu percurso entre Barreiro - Beja a três comboios diários em cada sentido. Com o arrendamento das linhas do Sul e Sueste pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses (1927), a 553 passou a fazer serviço de passageiros, mistos ou de mercadorias, estando afetas ao Depósito de Campolide (Linha do Norte), com destaque para os comboios rápidos Lisboa-Porto. Nos anos 40, a passagem de algumas máquinas à utilização de óleo combustível e os arranjos nas obras de arte a Sul da Funcheira, permitiu o intensificar do trabalho das Pacific a Sul, chegando a Vila Real de Santo António, tornando-se no Rápido do Algarve, o serviço mais emblemático desta linha e das locomotivas desta série. Na década de 50, a partir do depósito do Barreiro, asseguraram serviços de passageiros no eixo Barreiro/ Beja/ Funcheira e serviços tranvias, competindo pelos serviços principais neste depósito com as ALCO. A introdução das máquinas diesel, levou ao progressivo retiro destas locomotivas dos serviços habituais. Em 1968, com o fim do vapor a Sul, a CP 553 foi deslocada para o Depósito de Contumil, fazendo serviço na linha do Minho e na linha do Douro até à Régua, devido à falta de locomotivas a vapor no Norte. O início dos anos 70 marcou o fim dos seus serviços de tração.
Origem:
Alemanha; Kassel

Produções:
Henschel & Sohn

Cronologia:
1924; Conjunto de 10 locomotivas. Inicialmente com a numeração CFS 301 a 310, colocadas e afectas ao depósito do Barreiro.; Devido ao seu elevado peso (130 toneladas), nos primeiros anos apenas foi utilizada nos comboios para o Alentejo, até Beja (Correios e Onibús). A carreira comercial foi iniciada na rede a que pertenciam, o execssivo peso não era comportado por muitas obras de arte da época, o que limitava as suas tarefas ao percurso entre Barreiro - Beja, mas fazendo a tração dos principais comboios resumidos a 3 em cada sentido: um correio diurno, um ónibus e um correio expresso noturno.

1925; Permitiu proporcionar às Pacific novos serviços. Para além do Rápido do Algarve, asseguravam também o ónibus diurno e o correio da noite.; Embora o destino fosse V. R. de Stº António, a escala destas locomotivas terminava na Funcheira (peso impedia de atravessar as pontes a partir desta estação).

1927; Com a integração do Sul e Sueste na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, é possível que tenha sido deslocada para Lisboa, onde aparece frente dos principais comboios na Linha do Norte (juntamente com as 350 e 500).; Passagem por arrendamento das linhas Sul e Sueste e Minho e Douro para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.

1933; Após a substituição de algumas pontes (por ex. Quinta Nova, entre Panóias e Funcheira).

1940; Manteve-se ao serviço nos principais comboios para o Alentejo e Algarve.; As pontes e pontões a sul da Funcheira foram reforçadas, ficaram aptas a serem atravessadas por todos os tipos de locomotiva, a margem de manobra para a 553 foi alargada até Vila Real de Santo António (1944/45). O Rápido do Algarve foi o serviço que mais dignificou esta locomotiva.

1943; Unidades da série 1501 a 1510 passaram a queimar fuel em vez de carvão

Ao serviço do Barreiro, depósito que tinha a fama de tratar impecavelmente as 550.

1949; Com a chegada das primeiras ALCO ao Depósito do Barreiro.; O correio ascendente Barreiro a V. R. Sto António e o Recoveiro V. R. Sto António a Barreiro (via Beja), comboio nada adaptado a este tipo de máquina, passaram a ser da responsabilidade daquelas locomotivas.

1961; Levou a um afastamento progressivo destas locomotivas deste serviço. As 1500 (Diesel) inicialmente reforçaram o serviço quando necessário.

1963; Deixaram o serviço ónibus diurno (via Sado) para V. R. Stº António e do correio noturno descendente.; Passam a ser traccionados por uma locomotiva a vapor da série 281 a 286, depois por 070 a 097 e por uma diesel ALCO no percurso Tunes - Barreiro.

1964; Fim da circulação destas locomotivas além Funcheira.

1968; A chegada das locomotiva diesel da série 1200 veio ditar o fim da tracção a vapor no serviço de tranvias de Barreiro a Setúbal e Praias-Sado.

1969; Devido à falta de material vapor no depósito de Contumil, altura em que o vapor a Sul acaba.; Aqui foi frequentemente utilizada na Linha do Minho nos serviços semi-diretos e em alguns comboios na Linha do Douro até à Régua. Fez também comboios de mercadorias, principalmente com composições de madeira na Linha do Minho.

Era das locomotivas que exigia manutenções complicadas e tinha limitações na rotunda de Barca d'Alva.; Não foi abatida.

Número de unidades 10. Companhia de origem: Caminhos de Ferro do Estado - Sul e Sueste (CFS)

Medidas:

Diâmetro\Cilindros: 380,00 Milímetro (mm) [(AP)]

Diâmetro\Cilindros: 580,00 Milímetro (mm) [(BP)]

Diâmetro\Rodas motoras: 1.900,00 Milímetro (mm)

[Dimensão dos cilindros (diâmetro x curso): 380 (AP) / 580(BP) x 640 mm]

Comprimento: 12,98 Metro (m) [Máximo. De tampão a tampão de choque.]

Altura: 4,41 Centímetro (cm) [Rodado ao topo da chaminé.]

Localizações:
Georreferenciada; Latitude: 39.46419482 \ Longitude: -8.47445011

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